domingo, 30 de janeiro de 2011

Dez Coisas que Levei Anos Para Aprender



1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser uma boa pessoa.

2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas.

3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.

4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca.

5. Não confunda nunca sua carreira com sua vida.

6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite.

7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria "reuniões".

8. Há uma linha muito tênue entre "hobby" e "doença mental".

9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.

10. Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic.


p.s: Do meu Querido Luís Fernando Veríssimo!

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Ideais Futuristas

Abri meus olhos e vi a minha imagem refletida no espelho que havia no teto. Gritei. Gritei novamente e levantei da cama, era tão confortável, o tapete vermelho no chão era estranho, eu nem se quer sabia onde eu estava. O guarda-roupa era gigantesco, inteiramente branco com alguns detalhes discretos, aquilo era a minha cara. A janela era grande com uma vista impecável dos edifícios lá fora que eu nunca havia visto antes, passaram-se quantos anos desde meus 15?

Cadê meu quarto pequeno, minhas coisas de adolescente, minha máquina, minhas almofadas?

Aonde é que eu estou?

Corri para qualquer porta que fosse a saída e encontrei o banheiro mais lindo que eu pudesse imaginar, era o banheiro dos meus sonhos. Olhei-me contra o espelho e lá estava eu com cabelos na altura do ombro, com cachos pouco definidos, a franja um pouco mais curta, bastante peito, e com um peso diria que quase ideal, eu estava atrasada para algo? Eu se quer tinha algum emprego? Um marido, um filho ou um namorado? Que idade eu tinha, acordei de repente aos 27?

Já formada, empregada, sorridente, mulher independente, auto-suficiente, bonita, meiga, como é bom não perder a essência! O meu perfume continuara o mesmo, minhas roupas sempre o mesmo estilo, meus calçados altos sempre a opçao favorita, brincos discretos e bastante batom vermelho, por enquanto aqueles cômodos falavam tudo sobre mim e de alguém mais que eu não era capaz de enchergar, eu tinha alguém para dividir tudo isso comigo, eu tinha certeza, mas quem? Saiu cedo, ou ainda não voltou?

Estava sentindo um cheiro de perfume conhecido, com passos largos fui até a cozinha e vi um rodizio de frutas em cima da mesa, uma xícara colorida e uma jarra de suco de morango, meu preferido. Alguém estava disposto a me agradar como sempre, desde infancia, mas olhei no relógio e a pasta em cima da mesa significava que eu tinha um emprego e : estava totalmente atrasada!

Não sei se eu tinha dom para alguma profissão, nem conhecia meus colegas de trabalho, e eu tinha um carrrooooo, poxa vida como se dirige aquilo? Ok, eu precisava ler alguma coisa, pegar alguma coisa, algo me dizia que eu estava na profissao dos meus sonhos, ao menos pela quantidade de papel e processos que estavam em meu notebook.

Segui meu dia achando tudo muito estranho, eu me formei para aquilo, mas era tudo estressante e cansativo, eu precisava de um colo de mãe, de um beijo ou um abraço aconchegado, mas primeiro eu precisava saber quem era o cara que me fazia companhia todas as noites e conseguiu me aguentar até hoje.

Voltei para casa com todos esses ideais futuristas na cabeça, quase viajando para outro planeta e tentando entender por que eu havia tido uma viagem tao rapida para o futuro e por que eu nao conseguia identificar nada e nem me adaptar. Abri a porta do apartamento e ainda nao estava acostumada com aquela sala linda feita exatamente ao meu gosto com toques de uma pessoa diferente, aquele sofá dos meus sonhos, aquele video game instalado logo abaixo e aquela estante magnífica que parecia ter custado alguns mil reais. Ouvi uma voz tranquila chamando pelo meu nome - algo que particularmente sempre odiei - e vindo ao meu encontro, conhecia aquele rosto, aqueles olhos, aquele sorriso, aquele cheiro no cabelo, aquele cheiro no pescoço, era ele! Ele era o homem da minha vida, dentre tantos que eu poderia ter ou tive, ele estava no topo da lista e do coraçao, por que a sensação de quando o abracei não mudara mesmo passando alguma década. Ele me abraçou rápido e logo foi perguntando e falando de como havia sido o dia e mais alguns planos para o futuro. Nos saíamos tão bem como marido e mulher que fiquei surpresa, maravilhada, esplêndida.

Eu tinha tantos afazeres, que naquela rotina futurista eu não tinha muito tempo para ir ao shopping ou assistir um filme tranquila com as pessoas que mais amava na vida, eu estava tendo a vida que sempre sonhei, com a pessoa que sempre imaginei, com ideais completos e objetivos ainda a serem completados, mesmo depois de tanto tempo eu ainda era carente de amor e de abraços demorados, de sorrisos e com certeza de fotos sem sentido.

Mesmo depois de algum tempo eu ainda imaginava o futuro com os olhos de criança, ainda sentia que sonhar era necessário e que mesmo depois de um dia estressante voce precisa seguir sua vida e precisa de boas razões para isso.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Milhões de coisas que não suporto em você

- Odeio quando você não avisa quando chega em casa;
- Odeio quando você não avisa que vai sair;
- Odeio quando você dorme na sacada e corre o risco de pegar um resfriado;
- Odeio quando você não retorna minhas ligações e quando demora para atender;
- Não suporto quando você ri da minha cara;
- Odeio me sentir totalmente indefesa ao seu lado;
- Odeio quando voce me deixa insegura;
- Odeio quando tenho a certeza de que posso te perder;
- Odeio quando você não diz que me ama;
- Odeio quando você demora para responder no msn;
- Odeio quando você acha outras mulheres completamente maravilhosas;
- Odeio quando você não divide a cama comigo;
- Odeio quando você dorme quando estou falando;
- Odeio quando você finge que não se importa;
- Odeio quando você me ignora;
- Odeio quando você não me responde direito;
- Odeio quando você não me abraça;
- Odeio quando você diz que estou errada;
- Odeio quando você tem recados suspeitos no orkut;
- Odeio quando você demora pra me beijar;
- Odeio quando você me abraça com pressa;
- Odeio quando você não me faz cócegas;
- Odeio quando você não beija minha testa;
- Odeio quando você não me conta as coisas;
- Odeio te ver estressado;
- Odeio quando você diz que quer bater em alguém;
- Odeio quando você não pega minha mão para andar na rua;
- Odeio quando você demora pra vir na minha casa;
- Odeio quando você fica pensativo demais;
- Odeio quando você não divide seus planos comigo;
- Odeio quando você me dá apelidos horrorosos (6);
- Odeio quando você ri das minhas caretas;
- Odeio quando você não fala;
- Odeio quando você sente ciúmes e não demonstra;
- Odeio quando eu te chamo e você diz que precisa escovar os dentes;
- Odeio quando você não olha minhas fotos;
- Odeio quando você ganha de mim no banco imobiliário;
- Odeio a sua beleza impecável;
- Odeio seu sorriso perfeito;
- Odeio seu abraço sempre quente;
- Odeio teu beijo encantador;
- Odeio teu olhar meio por baixo que me seduz;
- Odeio quando você me assusta;
- Odeio quando você diz que sou boba;
- Odeio quando você me faz segurar a pipoca no cinema para parecer uma gorda;
- Odeio quando você manda eu parar de me arrumar;
- Odeio quando você se olha tanto no espelho;
- Odeio teus convites irresistíveis;
- Odeio quando sonho contigo;
- Não suporto teu cheiro viciante;
- Odeio o cheiro maravilhoso do seu shampoo;
- Odeio quando você não me deixa sair de onde estou;
- Odeio quando você prende meus braços;
- Odeio quando você se isola;
- Odeio quando você fala demais;
- Odeio não conseguir te desvendar às vezes;
- Odeio quando você diz que eu sou bonita;
- Odeio quando você não me incomoda enquanto lavo a louça;
- Odeio ficar te olhando por horas e nunca cansar;
- E odeio ainda mais, não conseguir te odiar nunca, nem por um segundo, nem sequer odiar por odiar.
- E por último odeio ter que admitir que você é o amor da minha vida e te quero do meu lado sempre;

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Cobranças


Seria ironia minha e do acaso lembrar apenas as coisas boas que eu ja fui capaz de fazer, ao menos a multidao que eu conheço, julga à mim momentos em que fui totalmente errada e mau-humorada, o que é quase rotina. Cada açao na qual eu pratico ou penso profundamente em praticar tem um preço de valor quase indeterminado. Por hora quero sumir, por outra quero aparecer tanto que acabo sumindo, vezenquando quero encontrar por outras de tanto que procuro acabo perdendo as verdadeiras razoes de estar aqui.

Deixo que sejam rudes comigo, que apontem meus defeitos e detestem muitas atitudes minhas, deixo invadirem minha alma, mas tranca fio meu coraçao à sete chaves e deixo que em semanas ele fique pegando poeira, passe tempestades, seja cortado, até perder todas as senhas dos cofres, esquecer as chaves nas prateleiras da vida e deixá-lo ali por muito tempo, acostumá-lo com o mal tempo e com o mofo que acompanha o tempo úmido, nao quero sol, nao quero vento, deixo-o com a melhor amiga, inusitada solidao.

Aceito certas verdades até mesmo quando nao quero ouvir nem a mim mesma, mostro sempre um sorriso e escondo por tras sentimentos que larguei, duvidas que esqueci, caminhos que cai, postes nos quais eu bati, promessas que eu nao cumpri, amores que nao cosrrespondi, vezes em que sofri, o medo que ainda tenho e a insegurança que piora tudo. Mantenho a calma, só nao mantenho o coraçao no ritmo, corro por todos os lados, tento achar finais em labirintos abandonados, flores em jardins mal cuidados, erva-daninha.

Jogo garrafas de alcool etilico por cima, acendo o fósforo e no contraste me vejo desistindo de lutas muito dificeis, granadas que foram mal ocupadas, armas que deixei no armário, sentimentos que deixei muito à mostra. Tirei das caixas sombras de abraços que me impedir de dar, luz em caminhos que nunca investi, insignificâncias que dei muito valor, notas de música que larguei embaixo da cama, flores atras das cortinas, declaraçoes feridas, cicatrizes expostas, mal-cuidadas, adoeci.

Dores em lugares que eu nem sequer sabia que era capaz de existir, terminaçoes nervosas sem sentido, batidas aceleradas, tic-tic nervosos, estralar dos dedos, nervosismo, suor nas mãos, lágrimas em vertentes, olhos vermelhos, sem voz. Gritar e deixar que as cordas vocais arrebentem, recoloca-lás no lugar, deixar se amar, deixar viver, reaproveitar. Latas de lixo multicoloridas em que depositei meus sentimentos mais inúteis, ser arrogante, pensante, tamanha ignorancia tanta desconfiança em mim mesma.

Sigo papéis que foram implantados em mim, quase robótica, boneca cibernética, vista de cima imprestável, de lado razoável e de frente encantadora, por dentro água cristalina, por fora quebra-cabeças implantados, sujeito composto, adjunto adverbial de modo, bem possivel desvendar. Nao uso mascaras, bato de frente, e em uma luta com mil companheiros sou sempre a primeira a ser atingida, nocauteada, derrubada, e por vez sempre a primeira a distribuir o perdao. Inocencia minha palavra-chave. O medo é meu escudo e minha sinceridade meu troféu.

Deixei cair as chaves, esqueci a bolsa, os calçados e por fim as roupas, detalhes que borram todo meu interior, como borrachas que dizem apagar canetas. Do outro lado vejo pessoas cobrando de mim mais do que eu posso dar, cobrando sorrisos em que as mesmas tiraram e tentando enxugar lágrimas que nao sao capazes de cessar. Querem interromper processos e eu, como dona dos meus próprios conceitos tenho o direito e o dever de ser quem eu bem entender e fazer o que eu bem quiser.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Grande mancha

Ele não sorri, olha a telvisão sem desviar um olhar, nem parece estar respirando, não fala, o rosto fica totalmente sem expressões e decifrá-lo nesse ponto é completamente impossível. Você para na frente, sorri, diz que o ama, ele te olha e vira os olhos de novo, dessa vez o corpo acompanha e você mais uma vez foi completamente ignorada por áqueles olhos perfeitos demais. Ele puxa a camisa pro rosto e fica dificil de voce encherga-lo debaixo daquele pano, em um dia tão quente. Você senta ao lado dele esperando vim ao menos uma retribuição daquele afeto que esta incomodando ali dentro e esta pedindo para explodir, mas nada de alguma ação absurdamente cinematográfica acontecer.

Você fica angustiada, passam mil pensamentos pela sua cabeça, voce fecha os olhos e sente um movimento de leve no sofá em que você esta escorada, ele virou-se delicadamente e não tirou os olhos da tv por instante algum, você vasculhou-o com os olhos, de cima a baixo e por um momento os olhos se encontram e desviam rapidamente, com medo de qualquer descoberta ou ataque do coração. Você o beija, deita no colo e ele não move nem se quer um dedo para tentar encostar em ti, voce tenta arrumar o cabelo, arrumar a aparência ou pensa em tudo que voces conversaram antes para tentar achar algum vestigio de qualquer besteira que voce pode ter dito... mas nada.

Não encontra nada além de conversas bobas jogadas, voce por cima dele rindo das caretas, e ele te abraçando declarando um amor sem igual, tudo que voce deseja chegar aos seus ouvidos em um domingo a tarde, muito pacato. Você continua desconfortável na almofada no chão, mas não se importa pois daqui a pouco ele pode querer ir embora e qualquer momento ao lado dele é considerado sagrado, saudável, encantador, iluminista. Você reza para que ele nao coloque a camisa, mas ja é tarde demais, ele te olha por cima sentada no chão e diz que precisa ir, você rapidamente senta no sofá ao lado dele e dá um abraço que signifca: o que foi que eu fiz agora!? Ele retribui com medo, mas depois desiste, passa os braços pela tua cintura e deita no teu ombro para fitar um pouco mais a televisão, você o beija o cabelo, faz carinho no braço e implora aos céus para que nada demais esteja acontecendo ali.

Ele diz que precisa ir e voce não insiste para ele ficar, pois sabe que de nada adiantaria. Ele levanta, vai pro quarto e você.. como de costume vai atras, ele deita na cama e voce deita ao lado sem falar uma palavra também como de costume. Voce faz perguntas e ele responde baixo, desinteressado, calmo, um pouco estranho e sempre misterioso, o dom de não expressar sentimentos! Levanta, coloca a meia branca, passa no banheiro, se olha no espelho, voce o puxa e o abraça com uma força que seria capaz de destroçá-lo, pede um beijo e ele retribui, você ainda não está tão bem, mas segue acompanhando-o, ele é o amor da sua vida, a estrada é longa e voce quer acompanhá-lo.

Seguem a rua e esperam o onibus enquanto ele fita o nada e se distancia um pouco de voce, evita te olhar e encontrar teus olhos por um momento, mas no fundo tem o mesmo medo de te perder. Voce entende e deixa o vácuo entre voces, o onibus chega e não há mais nada a fazer, ele precisa ir e voce precisa deixá-lo ir, ele voltará com aquele sorriso que te encanta, com as palavras que te fazem sorrir e com um abraço sempre quente. Mas enquanto ele não volta voce observa as grandes manchas que ficam em toda a parte interna do teu corpo, manchas de culpa, de preocupação, um pouco de sofrimento e muita luta. Manchas de armas atras dos grandes galhos de arvores, manchas escondidas no coração, manchas profundas na parte superior e outras claras tentando escurecer com o tempo. São manchas que não saem, manchas boas, manchas ruins, manchas necessárias, intuitivas, ensinadas, ensaiadas.

Voce volta para casa com passos lentos e um sorriso disfarçado no rosto, não quer ouvir nada, deixa a sala escura e os pensamentos bem longe, quer dormir, quer chorar e quer novamente aquele abraço viciante que te deixa cada dia mais apaixonada.

Dois Extremos


Era noite, eu estava um pouco suada e feliz, bastante feliz. Eu havia visto uma das pessoas mais importantes para mim naquela noite, aquele amigo que te escuta quantas vezes voce precisar, que tem um abraço que é teu calmante quando as coisas dao errado, que nao suporta te ver triste, que batalha para voce ser a pessoa mais feliz do mundo e por ultimo o único ponto negativo: ele é completamente apaixonado por voce. Coisa de adolescente ou de quem idealiza muito a pessoa que voce é, no fundo ou bem externamente a culpa é sim, um pouco minha, mas juro nao me esforçar nenhum pouco para ele gostar de mim.

Nao tenho e nunca tive a intençao de retribuir todo esse sentimento sincero que ele sente, vejo ele mais como um irmao do que como um amigo e isso parece torna-lo uma pessoa mais infeliz. Nao adianta ficar longe, nao adianta tampar os ouvidos quando eu falo da pessoa que eu amo, nao adianta fechar os olhos quando eu estou com aquele vestido que atrai olhares, simples.. as coisas acontecem quando tem que acontecer, o inverso dessa situaçao é que nao há relaçao alguma de afeto(namorado/amante) entre nós e isso parece chateá-lo de uma forma que me deixa constrangida quando estou perto dele.

Vejo que nesse labirinto COM SAIDA - que ele nao quer achar - o mesmo implanta dois extremos que estabelecem um objetivo muito claro e irritante. De um lado o sentimento de amor puxa forte, do outro o sentimento de raiva (pela nao retribuiçao do amor) puxa por motivos justos - o orgulho. Quando ele deita na cama e diz que nao sente mais nada por essa menina boba, sorridente e desajeitada que o admira, ele bate na cabeça, faz um bico meio estranho e jura pra si mesmo nao sentir mais nada, raiva, vem uma raiva lá de dentro e assim... ele acaba me amando ainda mais, lembrando de cada jeito ou careta que eu sou acostumada a fazer. Deixo-o um pouco confuso nessa relaçao, pois quando o amor resolve atacá-lo em uma tarde pacata, ele suspira, deixa os olhos brilharem e acaba se iludindo novamente. Ferida aberta, mal cicatrizada, sangue que nao foi estancado, mais parece maldiçao de mae.

Entre dois extremos sempre há o meio termo e é nele onde sempre desejamos ou devemos chegar, nesse caso, nada mais, nada menos que a INDIFERENÇA para tratar de assuntos incuráveis aos nossos olhos, por que se ele estivesse ali, nao se importaria nenhum pouco de eu estar contando-lhe coisas que para mim sao super necessárias e ele morre de raiva de escutar. O problema de chegar nessa metade é o trabalho que voce acaba tendo, trabalhar o ser, o cérebro, preparar os olhos, a boca, as ideias, deixar de suspirar, escutar musicas indesejadas, mudar, ser de novo o que era antes, essa parte causa calafrios para quem sente acomodado no extremo mais usado da ocasiao ( a raiva).

Eu nunca tive o dom de ensinar as pessoas, mas sei exatamente como mostrar caminhos, sei também que nao sou a pessoa indicada para fazer isso como ele agora, nao tenho a pretensão de retribuir qualquer sentimento que passa de amizade ao coraçao dele, sou inocente, indefesa e totalmente frágil, sempre foram indicados a mim cuidados especificos e muito bem elaborados, quebro fácil, choro fácil, sou desiludida facilmente e vice-versa, mas nao tenho objetivos de desistir, eu nao sou a pessoa certa para aquele tipo de garoto ideal para qualquer garota, menos EU. Nao fui conquistada, nao quero ser e sei que isso nao acontecerá, mas o que dói é saber que ele nao sabe e LUTA para nao querer saber ou ver.

É tipico de pessoas persistentes, como eu, mas que no fundo ou bem aqui de pertinho dói demais, muito mais do que aparenta. Duas escolhas, duas mulheres, dois amores, duas músicas, tudo que é em dupla ou em dobro tem que ser escolhido um dia, passa pelo selo de certificaçao ou qualidade e se nao deu, é facilmente jogado fora, assim como os extremos, sao dois, uma dupla instantanea e momentanea, que transmite ao mesmo tempo paz e guerra, dias de sol com tempestades no final, certas pancadas de chuva ao longo do tempo. É como analisar o clima, mesmo demorando muito um dia as coisas se ajeitam e tudo - ou praticamente tudo- volta ao lugar de onde nunca deveriam ter saido.

p.s: uma das piores coisas da vida é ver seu grande amigo apaixonado por voce e voce nao querer ou nao sentir o mesmo por ele, sao coisas que veem com o tempo e vao com a rejeiçao.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Auto - Confiança.



Sorria garota!

Vai, diz 'xiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiissssssss' pro espelho, passa um batom, manda beijo, tira uma foto, compra uma roupa nova, um calçado mais alto, uma pulseira. Sai, vai pra praia, pega um sol, sorri mais um pouco vai. Larga desta auto-confiança que te consome tanto e te murcha tanto, você precisa corar essas bochechas, fazer esse olho brilhar, andar com calma e ter certeza de onde esta indo, você pode, eu posso e isso é auto-confiança.

Subi as escadas um pouco desamparada e sem saber se era isso mesmo que eu estava precisando, mas como sempre eu nunca tive certeza de metade das coisas que ia fazer ou havia feito, mas estava ali com vontade de fazer de novo. Sempre tive a certeza de que um sentimento faltava em mim, aquele que deixa mais bonita, que lhe assegura que você tem condiçoes de ser quem voce quiser, eu sempre tiver mil duvidas, sobre mil assuntos dos quais nunca foram respondidos e com o tempo eu deixei pra tras. Nunca poupei elogios à pessoas que realmente mereciam, nao tenho vergonha de dizer que alguém é bonito ou como aquela pessoa mudou, mas juro que morro de indecisao quando teimam em falar as mesmas coisas à minha excelentissima pessoa.

Poxa, eu não sou bonitona, eu nao tenho corpo bonito, eu nem sou muito inteligente, nem muito madura, eu não tenho tanta criatividade e nem se quer me esforço pra ser fofa, eu sou muito antipática e é dificil de me fazer gostar de alguma pessoa que já pisou no meu calo, simplesmente decepcionante, eu juro que nao tenho nada de diferente das outras meninas, meu sorriso nao é encantador e acho que a única coisa que realmente pode impressionar é a minha capacidade de amar as pessoas e confiar nas mesmas. O mundo é ruim e nao sei se eu aprendi a lidar totalmente com essa ideia que torna minhas qualidades coadjuvantes de qualquer modo. Eu sou medrosa, ciumenta, possessiva, uma fera quando as coisas nao vão do jeito que eu quero, eu sou mimada, egoísta e bastante teimosa, ainda nao conheci alguém que saiba lidar 100% comigo, sou bastante sentimental, mas no fundo consigo ser a pior pessoa do mundo, admito ser a pessoa mais ruim que eu já fui capaz de conhecer, mas por favor não me odeie por isso, ainda estou na luta para conseguir me amar por dentro e por fora completamente.

Tenho de admitir que me amo e me amo muito, pois eu nao teria o dom de me aguentar se nao me admirasse tanto assim, mas tenho uma relaçao completamente estranha comigo mesma, eu vejo muito mais meus defeitos do que as minhas qualidades e isso me torna uma pessoa com insuficiencia de segurança, simples é como se eu nao fosse boa o bastante para fazer muitas coisas ou senti-lás.

Falta segurança nao só para mim, como para muitas pessoas, aquelas que leem sobre auto-ajuda, que buscam explicaçoes mirabólicas para saber o motivo de estarem aqui, ou aquelas que sofrem com a própria imagem, doenças, esta é a era de doenças, de muita beleza exposta, de pouco sentimento e muita arrogancia, é a era da ironia, de rir sem saber o por que e nao admitir que se esta errado. As pessoas precisam saber que elas sao muito melhores do que temem ser, e creio que eu também nao sei disso, ou nao quero acreditar fielmente nesse aspecto ou ponto de vista que eu mesma implanto em textos, ou em perguntas que eu deixo expostas na minha cama, na minha cabeça, no meu travesseiro, nas minhas roupas.. no meu coraçao.

Ser auto-confiante nao significa ser mais que os outros, nao importa a quantia de dinheiro que voce guarda no banco, ou os lugares que voce costuma frequentar, ser auto-confiante nao exige faculdade, saber 5 linguas diferentes ou ir bem em portugues, ser auto-confiante nao significa ter um namorado bonito, que te ama e lhe faz feliz, ser auto-confiante vem de voce, vem de dentro, vem das teorias que voce cria, das verdades que voce descobre, ser auto-confiante significa conhecer-se melhor a cada dia mais, ter certeza de onde se esta pisando, nao ter medo de errar e nao ter medo de ser quem voce é.

Vamos ser mais confiantes ou nao, o fato de confiar mais e de querer ser mais exige a açao de nos colocarmos no nosso próprio lugar, de aceitarmos diversas opinioes e de convivermos com pessoas diferentes de nós, ter auto-confiança é uma arte que todos tem a possibilidade de praticar, basta saber de onde voce esta saindo e em que lugar voce quer realmente chegar.